sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Fechamento do curso "A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO DAS AUXILIARES EDUCATIVAS E AS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL"

Com muita alegria que finalizamos nossa quinta turma do curso destinado às auxiliares educativas dos Centros de Educação Infantil  da Rede Municipal de Goiânia.
Parabéns aos professores e alunos que se dedicaram com muito comprometimento a essa ação formativa!

"Momentos atrás estava com minhas alunas discutindo um trabalho final que elas fariam para a semana seguinte. Eu estava muito cansada, mal conseguia manter os olhos abertos. O curso estava no final e pela carinha delas, elas também estavam igualmente cansadas. Eu comecei a pensar em todo o projeto desde o início, escolha e estudo dos temas, montagem do plano de curso, reuniões e mais reuniões (e mais reuniões) sobre como daríamos notas, como iríamos fazer com as alunas que precisavam faltar um pouco mais, enfim, tudo que fizemos até aquele presente dia e como eu estava extremamente desgastada e casada. Parei um pouco e decidi que iria dispensar a discussão por nem eu, nem elas, aguentarem mais. No momento que eu estava ausente pensando em tudo isso e em como eu encerraria a discussão, elas começaram a debater sobre o quão animadas estavam (apesar das carinhas) para começar o trabalho, nos exemplos que dariam, em qual aluno elas estavam se baseando para falar sobre determinado tema, etc. As olheiras estavam ali, mas os sorrisos também. Foi nesse momento que eu descobri o porquê de estar onde eu estava. Não eram meus sonhos de docência, ou cargos e títulos como professora/pesquisadora. Era por elas, auxiliares educativas, que faziam jornada dupla, estudavam a noite, cuidavam de filhos, sogras, maridos, que não tinham mais nenhum espaço formativo além daquele que nós oferecíamos. Percebi a importância que tive como professora ao facilitar e transmitir conhecimentos que passei quatro anos acumulando. Conhecimento este que teve um papel fundamental ao empoderar educadoras com tão poucas oportunidades formativas. Nosso esforço como equipe, de proporcionar o nosso melhor (ficando noites sem dormir preparando slides, quebrando a cabeça para ajustar os temas e todas as inúmeras dificuldades que tivemos) foi importante para elas. Eu senti pela primeira vez na minha graduação que eu poderia sim fazer alguma coisa com tudo que aprendi, com tudo que passei. Entendi que professor é um agente transformador da realidade. Uma transformação diária, quase invisível, mas que está ali. Precisei passar por toda a licenciatura para me dar conta que eu não queria ser professora. O que eu quero mesmo é transformar vidas, histórias e quem sabe, o mundo". Por Camila Baptista ( Licencianda em Psicologia -UFG).






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