quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Que tal prestarmos mais atenção ao que fazem, pensam e dizem as crianças?

Duas situações que mostram como às vezes o olhar do adulto é cego para ver o que pensam e fazem as crianças.
Dois textos que circularam na internet recentemente chamam a atenção por um dos aspectos que abordam: como muitas vezes os adultos partem de sua posição e desconsideram o que a criança está fazendo, pensando ou realizando a partir do ponto de vista dela.
Na primeira situação, descrita em uma crônica escrita por Fabrício Carpinejar, chamada “O poder do sacrifício, duas crianças querem descobrir como funciona o cuco do antigo relógio precioso da casa. Nessa empreitada acabam por quebrar o passarinho e um dos irmãos tenta consertá-lo, o que obviamente é descoberto assim que passam as horas.
Mas o que não se sabia era o quanto essa tentativa tinha sido feita com esmero. Nas palavras do autor:
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Em outra situação, apresentada em um artigo escrito por Chaunie Brusie, intitulado “O que aprendi no pior dia da minha vida como mãe”, ela conta como reagiu ao acordar atrasada e ir chamar sua filha para a escola, não encontrá-la em sua cama e buscá-la por toda parte, acabando por encontrá-la escondida no escritório. Pelo estresse e nervoso do momento, ficou muito brava e acabou gritando com a menina. Depois, para sua tristeza, descobriu que a pequena estava escondida fazendo um cartão surpresa para a mãe (ela!), para presenteá-la naquele mesmo dia, já que era seu aniversário. Chaunie compartilha no texto a angústia do momento e como foi difícil saber o que fazer para reparar o dano. De alguma forma ela conseguiu apaziguar parcialmente seus sentimentos…
Mas o que queríamos chamar a atenção é para a possibilidade de nos darmos chances de ver pelos olhos das crianças. Não podemos nos esquecer que há um pensamento inteligente e que ouvi-las e compreendê-las pode fazer toda a diferença em algumas situações.
Isso não significa que as crianças possam tudo e nem que tenham sempre razão. Porém, a curvatura da vara precisa encontrar um equilíbrio. E isso passa pela consideração de suas posições como sujeitos ativos em todos os sentidos.
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