quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Explicando o Dia de Finados para os pequenos

O dia dois de novembro é uma data triste para muitas pessoas. Nesta data é celebrado o dia de finados, o dia de celebração e homenagem aos mortos. Cemitérios cheios, igrejas lotadas, muita gente acendendo sua vela, flores e choro. 
Algumas pessoas sentem dificuldade para entender e lidar com essa data. Mas e as crianças? Como fazer para que elas entendam essa data tão triste e tão específica? É, realmente é difícil explicar algo que às vezes nem nós adultos aceitamos direito.
Naturalmente, as crianças acabam conhecendo a dor da morte. Um animal de estimação que vai, um parente dela mesma ou de um amigo, pessoas próximas ou distantes, é inevitável que elas saibam. Assim, não se deve omitir ou distorcer a verdade sobre a morte para as crianças. Ainda que a criança não consiga entender por completo e use de sua imaginação para lidar com o assunto, é essencial a criança saber que aquela pessoal ou animal nunca mais voltará. Muitos pais tentam poupar os filhos desse sofrimento, o que pode se tornar um tabu e problema ainda maior.
Estudos feitos por profissionais da área de psicologia afirmam que crianças de até três anos podem não perceber que a morte é algo definitivo, mas com o tempo percebem e entendem a falta de alguma pessoa próxima ou de um animalzinho de estimação. Ainda segundo profissionais, somente a partir dos 12 anos de idade é que a criança começa a entender o processo da morte por completo.
Adultos evitam falar sobre a morta com crianças porque nem sempre etão preparados. Em muitos casos nem mesmo os adultos conseguem aceitar ou entender a situação, o que dificulta a conversa. Porém a conversa, a explicação, é importante para que a criança, seja de qual idade for, comece a entender melhor a vida e todo o seu processo finito.
A reação da criança vai depender de cada personalidade. Cada criança expressa e mostra o luto de sua maneira e é importante respeitar. São diferentes modos e tudo deve ser respeitado para que todo o processo da morte seja entendido e ultrapassado sem deixar sérias marcas. Tudo o que for perguntado pela criança deve ser respondido, para que não fiquem dúvidas e nem desconfianças na cabecinha delas. Quanto mais naturalidade melhor, afinal se o adulto agir com naturalidade a criança confiará na explicação e se sentirá mais segura.
Livros, historinhas, enfim, estimular a imaginação da criança pode auxiliar no processo de entendimento do pequeno. Pais que sentem dificuldade para tocar no assunto podem se apoiar em histórias e livros, utilizando, claro a imaginação para entrar no assunto com as crianças. 
Mas as histórias tem que ser bem escolhidas. Psicólogos dizem que expressões como “dormiu para sempre” ou “descansou” podem ser mal interpretadas pelos pequenos que podem ficar com medo na hora de dormir ou achar que a pessoa que morreu acordará. Outras expressões como que a pessoa “foi embora” ou “foi fazer uma longa viagem” também pode confundir a crianças e trazer problemas para elas que, além de desconfiar, podem se sentir desamparadas ou inseguras.
A principal questão é saber como dizer para a criança evitando traumas.  Uma família religiosa, por exemplo, pode usar a religião, fazendo uso de uma linguagem com a qual a criança está habituada a lidar. O fato é que a dor tem que ser acolhida e explicada, não importa a forma com que se borde a situação, o importante é não deixar a criança sucumbir na dor até que a imagem do que se foi desapareça.
Para famílias cristãs, por exemplo, há uma série de maneiras de se conversar com crianças sobre o dia de finados. Regrinhas básicas que darão a elas mais segurança na hora de tratar do assunto. Os cristãos costumam tratar o dia de finados com crianças como o dia da celebração da vida eterna. Elas costumam dizer às crianças que as pessoas queridas estão com Deus e viverão eternamente. Procuram, naturalmente, ensinar que com a oração a pessoa querida que se foi estará mai feliz e alegre na companhia de Deus.
Saber explicar de uma forma que evite que a criança se assombre, mostrar que realmente a morte é um processo natural da vida. O ato de visitar o cemitério, por exemplo, deve ser explicado como um gesto de carinho, de amor, pois na verdade é uma homenagem em memoria da pessoa falecida.
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