Perguntei se eles sabiam o que eram sentimentos. Não, não sabiam. Um respondeu: é ser feliz, triste. Os outros concordam sem entender muito bem sobre aquilo, sem compreender a imensidão daquilo que sentem. Sentem, mas não sabem nomear, não sabem expressar. Ficam com raiva, mas não contam para os pais, é melhor não contar, até porque criança não sente raiva, ou tristeza. Para que ter sentimentos ruins? São crianças, só brincam, tem tudo. Mas nessa mistura de sensações onde não se encontram nomes, eles agem ... Por impulso, por medo, para serem vistos e compreendidos. São pequenos, não conhecem muita coisa do mundo, mas eles sentem e devem sentir. Precisam de um adulto para escutar, acolher, compreender, e auxiliá-los a lidar.
Nayara Feitosa é graduanda de Psicologia (UFG) e relata um pouco de sua experiência no Projeto de Extensão "História meio ao contrário... literatura infantil, consciência crítica e formação humana no Centro de Trabalho Comunitário", com o tema "Território da afetividade: a importância da expressão de sentimentos e emoções para a formação humana".
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