quarta-feira, 27 de abril de 2016

segunda-feira, 25 de abril de 2016

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A criança não tem um corpo, ela é um corpo!

O site Tempo de Creche, em sua coluna "palavra de especialista", entrevistou a professora de Educação Física e doutora em Educação, Monica C. Ehrenberg, acerca das relações entre a criança e seu corpo. Este é um assunto de fundamental importância, devendo ser objeto de diversas discussões que ampliem nossas reflexões. Confiram a entrevista na íntegra:

Para Monica C. Ehrenberg, a criança não tem um corpo, ela é um corpo. Pensar na criança como um indivíduo, é entender que ela é um conjunto de capacidades motoras, cognitivas, sociais e culturais. E, portanto, ela tem uma história que não é menor, mas diferente da nossa. Conhecer e compreender isso favorece o trabalho adequado ao desenvolvimento dos pequenos, em todos os aspectos.
Nesse sentido, o olhar para as crianças precisa partir do olhar que temos para nós mesmos.

Tem criança que não gosta de dar a mão para um tal colega, que não curte tirar o sapato ou não se sente confortável em sentar de índio. Será que todos os adultos gostariam de dar mão para qualquer pessoa numa roda? Todos nós nos sentimos bem sentando de índio? Não temos nossas preferências individuais?
E a limpeza dos narizes? Já pensou se alguém limpar o seu nariz da mesma forma com que passamos o papel no nariz dos pequenos?


Pensar em questões como essas é trabalhar o olhar respeitoso. É não esquecer que a criança é um sujeito.
Tempo de Creche - Qual que deve ser a atitude do professor em relação aos comportamentos diversos das crianças nas situações de grupo?
Mônica - O foco do professor precisa estar no objetivo da proposta. Não me incomoda se a criança está sentada, de pé ou andando, desde que ela esteja integrada ao objetivo. Por outro lado, me incomoda muito ver o professor propor que todo mundo tem que estar sentado na roda de história com a perna numa posição específica. Uma criança que levanta, sai da roda, vai fazer uma coisa e pegar outra, nem sempre se dispersou da história. Cada um aprende de um jeito. Tem gente que estuda para a prova com o fone de ouvido. Está ouvindo música e estudando. E vai bem! Nesse caso, porque ao estudar para a prova tem que haver silêncio absoluto? Esta é uma forma de estudar. E pode não ser a sua! Assim, a criança que levanta da roda de história pode estar com a escuta ativa na narrativa.
Lidar com as diferenças é lidar com o fato de as pessoas aprenderem de maneiras diferentes. Lidar com gente é plural.
Outra dificuldade do professor é achar que as crianças têm que aprender da forma como ele aprendeu quando pequeno. O aprendizado do professor está em lidar com a maneira de ser de cada um.
Corpo e cultura
Tempo de Creche - À medida que a criança cresce, consegue ficar mais focada. Mas o corpo parece diminuir os movimentos também. Isso acontece naturalmente ou o sistema escolar está engessando as crianças?
Mônica – É exatamente isto. Não é somente o sistema escolar, é o sistema da sociedade contemporânea ocidental que vai educando este engessamento. A criança é muito aberta, mas a gente vai fechando, fechando, e ela vai se adaptando. O ser humano é adaptável e se adapta muito facilmente a quase tudo. Foucault* falava sobre isso, a gente vai adestrando, moldando, ressignificando, enclausurando. Fazemos isso o tempo todo e pedimos para a criança ser criativa! Quando percebemos que ela não é, ficamos chateados… mas fomos nós mesmos que dissemos para ela que o patinho tinha que ser pintado de amarelo.
Tempo de Creche - Esta criatividade começa no corpo? O uso do corpo também é criativo?
Mônica – Queremos que a criança crie composições, explore o espaço, mas não damos as ferramentas. Na Educação Infantil temos as salas sem cadeiras e mesas. Ótimo, maravilha! Aí a criança vai crescendo e vamos colocando algumas aqui, outras ali… mais e mais… até que tem uma cadeira para cada um e “ai de quem levantar do seu espaço”. Vamos limitando e não só na escola, em casa também. O espaço oferecido para a criança não precisa ser “divertido”, ele tem que ser prazeroso.
O corpo na Educação Infantil é mais discutido, mas não é necessariamente mais bem trabalhado. Tem escola que organiza propostas de cantos de atividades diversificadas e planeja o “canto do movimento”. O que isso quer dizer? Que no canto da casinha, da fantasia, do jogo de montar não têm movimento? Então esses movimentos não são trabalhados com intensão?
Propomos uma atividade para as crianças correrem daqui até ali. Uma criança faz o percurso em ziguezague, a outra contorna e vai por fora, mas todas chegam ao mesmo lugar. Admitir essa variação é respeitar o sujeito.
propostas para trabalhar o corpo
Tempo de Creche - A formação dos professores contempla o entendimento da criança por inteiro, mente e corpo?
Mônica – Essa questão tem pouco espaço na formação inicial em pedagogia e tem instituições que nem abordam isso. Na USP temos a matéria Metodologia de Ensino de Educação Física. Dependendo da instituição, trabalha-se com uma educação física esportivisada, mecanicista e que não contribui para a ideia de sujeito de corpo inteiro de que estamos falando.
Quando digo para os meus alunos de pedagogia: vamos pensar a criança com o corpo dela? Estamos falando de criança e não de corpo de criança. É uma coisa só. Eu não tenho corpo, eu sou corpo.
Tempo de Creche - O que o professor que não tem uma formação sólida nessa questão pode fazer para conhecer, compreender e ver diferente?
Mônica – Não existem cursos de especialização ou de formação continuada nesse tema, mas existem outros recursos. O SESC, por exemplo, oferece cursos para difundir a dança brasileira, jogos, brincadeiras e artesanato. Ao frequentar, conseguimos levar essas vivências para a escola. Porém, nem todo professor tem disponibilidade.
Tempo de Creche - Na verdade estamos falando de ir procurar outros recursos, não especificamente um “capítulo da Educação”, mas vivenciar o próprio corpo com outras possibilidades?
Mônica – Tem brincadeira em que é necessário que as crianças deem as mãos. Aí tem uma criança que diz: eu não quero dar a mão para o fulano!Então, o professor repreende: tem que dar! Todo mundo aqui é amigo. Mas isso não é verdade. Eu não sou amiga de todo mundo. Quando estamos em um grupo de adultos, também não queremos dar a mão para um ou outro. Vivenciar um pouco esses desconfortos faz a gente respeitar a criança. Nesse caminho, sentir as próprias potencialidades também ajuda a compreender o outro. Fazer este tipo de curso amplia as possibilidades de se perceber.
Nosso papel, enquanto educadores, é construir cidadãos sociáveis, que possam se apropriar de si mesmos criticamente. Assim, nossa função não é dar o exercício pelo exercício, como nas dancinhas de final de ano. Temos que fazer propostas com significado para as crianças. A dancinha “bonitinha” que não foi construída por elas e não teve significado, não é “dancinha das crianças”, é dancinha do professor!
Para concluir, Mônica destaca as palavras de João Batista Freire, no livro Educação de Corpo Inteiro:

educacao-corpo-inteiro“Fica difícil falar de Educação concreta na escola quando o corpo é considerado um intruso. (…) Sem viver concretamente, corporalmente, as relações espaciais e temporais de que a cultura infantil é repleta, fica difícil falar em conhecimento significativo, em formação para a autonomia, em democracia e assim por diante. Sugiro que, a cada início de ano letivo, (…) também o corpo das crianças seja matriculado”

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dia do Índio: vídeos revelam a infância e o brincar na comunidade indígena Panará

Um povo que tem 85% da população formada por jovens e crianças é um povo de intensas infâncias. Os índios Panará, que por muito tempo fugiram do contato com os brancos, já perderam seu território e o retomaram. Hoje, as crianças recontam essa história a seu próprio modo.
Neste 19 de abril, Dia do Índio, o Catraquinha relembra o registro do Território do Brincar, projeto que registra as brincadeiras das crianças brasileiras,  da infância dos Panarás.
Os Panarás são um grupo indígena que habita o norte do estado brasileiro do Mato Grosso e o sul do Pará, mais precisamente na Área Indígena Panará e Parque Indígena do Xingu e falam Caiapó do Sul.
Piῖjãsêri  é a palavra usada pelo povo Panará para falar sobre brincar. Essa palavra pode se referir às brincadeiras do dia a dia das crianças, mas também a festas e cerimônias que envolvem também os jovens e adultos – e são ensinadas a todos pelos mais velhos.
Entre as crianças panará, folhas viram hélices de avião; um galão d’água cortado ao meio vira um carrinho; os galhos de mamoeiro se transformam em espingardinha de pressão; e até o fruto do tucum pode virar um peão.
Mas existem muitos outros tipos de piῖjãsêri: a brincadeira do macaco, da onça, da queixada e até do peixe tucunaré. Essas piῖjãsêri revivem um tempo antigo em que os bichos eram gente e ensinaram muitas coisas aos Panará.

Confira os registros
Quando os Panará foram transferidos de suas terras para dentro do Parque do Xingu, pelos irmãos Villas Boas, devido a construção da estrada BR 163 que começou a dizimar esse povo por doenças e invasões, eles foram morar em uma aldeia junto com os índios Suyá. Dessa época muitas trocas de saberes aconteceram entre esses dois povos, incluindo o pião de tucumã, que foi aprendido pelo nosso amigo Sykiã.
O pião pode ser feito com a semente do tucumã, uma fruta de uma palmeira típica da região amazônica ou com uma pequena cabaça.

Como surge uma brincadeira? Quem inventa? Às vezes é um peixe que ensina como brincar. Assim aconteceu com o Perankô, professor Panará da Escola Indígena Matukre.
Certo dia, quando pescava, Perankô observou o vai e vem dos peixes e reparou como os menores perambulavam por águas rasas, e o tucunaré, peixe grande, não saia do fundo. Por mais que quisesse pegar os peixinhos menores, quando eles chegavam no raso, o tucunaré ia até certo ponto e voltava para o fundo. A brincadeira surgiu então dessa observação.


A experiência da vertigem é a chave dessa brincadeira, uma experiência corporal que fascina desde sempre e em todos os cantos do mundo. Normalmente os Panará usam a embira para brincar, mas ninguém tinha uma grande o suficiente para que a brincadeira acontecesse, então trocaram a embira pela corda, e colocaram uma tábua, virou uma balança.

Brincadeira da onça
Na aldeia Nasêpotiti muitas brincadeiras se remetem a animais da região, e o mais temido de todos, a onça, não poderia ficar de fora da brincadeira. Na brincadeira da onça o pekã é um pássaro que avisa o perigo da onça, e os porcos são aqueles que devem ouvir o aviso do pekã e fugir da onça. Uma pessoa tem que fazer o papel do peka e que ficar em cima de um lugar alto.
Na aldeia casa é para descansar e dormir, os panará dormem em rede ou cama feita por eles mesmos. Antigamente panará dormia no chão, as casas eram grandes e moravam muitas famílias junto com o sogro. Hoje em dia as casas podem ser menores, mas sempre a cozinha fica para fora da casa. Para cozinhar, usa-se fogo de chão, a cozinha fica no quintal de cada casa, é uma casa sem parede, é um espaço onde se tem redes para descansar e utensílios para cozinhar.

Brincadeira da queixada
Os Panará contam que antigamente os bichos também eram gente. Assim como os humanos, os bichos também faziam aldeias, festas, caçadas. Com os bichos, aprenderam muitas coisas, como a plantar milho com o rato e o amendoim com a cotia. Também aprenderam a brincadeira da queixada, criadas na aldeia e que gostam de entrar nas casas para bagunçar todas as coisas e mexer nas comidas.

Fonte: Catraquinha




segunda-feira, 18 de abril de 2016

ESTÍMULOS DEMAIS, CONCENTRAÇÃO DE MENOS. ESTAMOS ENLOUQUECENDO NOSSAS CRIANÇAS !

Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de dez anos atrás parece ficar mais distante: dez anos viraram trinta, e logo teremos a sensação de ter se passado cinquenta anos a cada cinco. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretém, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente:
  • O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças;
  • Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad  à mesa;
  • Muitas e muitas crianças têm atividades extra curriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares.
  • Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas” e não “morra de tédio”;
  • As pré escolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré vestibulares. 

Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso”. O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade.
Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer.
Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado:
  • crianças não sabem conversar
  • não olham nos olhos de seus interlocutores
  • não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!)
  • não conseguem ler um livro, por menor que seja.
  • não aceitam regras
  • não sabem o que é autoridade.
  • pior e principalmente: não sabem esperar.

Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas.
Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando.
Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio”. Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio” nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração.


E aproveitando que hoje, 18 de abril, é o dia nacional do livro infantil, vale ressaltar que: nossas crianças não leem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória.
Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar. O clima da casa também agradece.


TEXTO ORIGINAL DE PAIS QUE EDUCAM



sexta-feira, 15 de abril de 2016

Que tipo de educação estamos fornecendo para nossas crianças?

"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor." Paulo FreirePrecisamos refletir como, direta ou indiretamente, estamos repercutindo esse tipo de educação que pune, constrange, e oprime, criando uma cadeia de eventos cujas consequências pessoais e sociais são imensuráveis.
Somos todos responsáveis pela formação humana!


quarta-feira, 13 de abril de 2016





O olhar de descrédito, crítica, exigência e cobranças intimida a criança. Faz com que ela tenha medo de errar e por isso pare de tentar. Um ambiente familiar acolhedor, incentivador é fator fundamental para que a criança sinta a segurança de se descobrir como uma eterna aprendiz, que pode errar e apagar, cair e levantar e assim, alçar belos vôos! 

Como sugestão indicamos a leitura do texto de Adorno e Horkheimer "A gênese da burrice", que brilhantemente nos ensina que a burrice é uma cicatriz causada pelas inúmeras experiências tolhidas na criança! O texto pode ser encontrado na internet: http://grupelho.com/textos/genesedaburrice.htm

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Caramba, Carambola: o brincar está na escola!

 Lugar de brincar é na escola sim.
 Enquanto muitos defendem uma concepção de educação infantil,  em que quanto antes a criança é alfabetizada, melhor,  nós do "Criança em Questão" defendemos a importância do brincar enquanto o maior elemento impulsor da apropriação do conhecimento de uma criança. Através do brincar a criança desenvolve importantes habilidades cognitivas, mas também aprende a lidar com seus conflitos emocionais, a criar, imaginar, sonhar, comunicar, a respeitar as regras sociais e  a se relacionar.
A liberdade permitida no brincar é necessária em sua formação. Tocos de madeira, sucata, caixa de papelão, tampinhas, terra, areia, garrafa pet, pneu, carretel ....tudo  se transforma graças a imaginação da criança .
Esse documentário inspirado no Projeto Brincar, mostra a importância da ludicidade na Educação Infantil e traz uma reflexão sobre a necessidade de se considerar a brincadeira no desenvolvimento das crianças.




sexta-feira, 8 de abril de 2016

Um mundo que os adultos não enxergam mais!


O livro “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças” tem sido um sucesso desde seu lançamento. E não poderia ser diferente, nele, há um dicionário com mais de 500 definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças. Nessas definições elas acabam revelando um mundo que os adultos já não conseguem perceber, cheio de espontaneidade e sinceridade! O autor do livro é o professor Javier Naranjo, que revela que a idéia para o livro surgiu quando ele pediu aos seus alunos para definirem a palavra criança e uma das respostas que lhe chamou atenção foi: uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir cedo. E não é que é verdade? 
É por essas e outras que o livro se tornou comentado em todo o mundo, afinal de contas, quem não gosta de se esvaziar um pouco de conceitos teóricos, científicos para ouvir a sabedoria de quem está começando a enxergar a vida?
Um excelente final de semana a todos e agora se deliciem com mais algumas definições trazidas no livro!
Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)
Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)
Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
Guerra:Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
Solidão: Tristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
Tempo: Coisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
Universo: Casa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
Violência: Parte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)

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