segunda-feira, 24 de julho de 2017

A culpa é sempre dos pais?


Em um mundo onde estamos o tempo todo tentando encontrar culpados para tudo, o texto de Patrícia L. Paione Grinfeld para o site Ninguém Cresce Sozinho vem como um chamado para refletirmos sobre um outro ponto de vista, o da co-responsabilidade. A esse respeito ela discute se realmente tudo que acontece com a criança é culpa dos pais. Vale a pena a leitura:

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A criança faz birra; a culpa é dos pais que não conseguem colocar limite. A criança é malcriada; a culpa é dos pais que não dão educação. A criança chora porque quer algo; a culpa é os pais que a mimam demais. A criança não come direito; a culpa é dos pais que a deixam comer porcarias. A criança vai mal na escola; a culpa é dos pais que não acompanham a lição de casa. A criança não dorme a noite toda; a culpa é dos pais que não estabelecem rotina. A criança manifesta qualquer coisa que escapa ao padrão pessoal, familiar ou social: a culpa recai sobre os pais, como se eles fossem os únicos responsáveis pela maneira como a criança se relaciona com o mundo.
Uma criança que faz birra, é respondona ou chora está comunicando alguma coisa que não consegue colocar em palavras (ou as palavras lhe são insuficientes); pode até ser que a comunicação diga respeito aos pais, algo como “deixa eu fazer do meu jeito”. Uma criança que come porcaria não o faz só porque os pais a autorizam, mas porque às vezes nem mesmo eles sabem ou têm acesso a uma alimentação saudável (ela custa mais, sabemos), ou conseguem se ver livres do apelo infantil decorrente do bombardeio da publicidade de alimentos dirigidas às crianças. Uma criança vai mal na escola por muitas razões; falhas do próprio sistema de ensino pode ser uma delas. Uma criança que não dorme a noite toda talvez até tenha – ou esteja com – a rotina meio bagunçada, mas seu sono pode não ser – ou estar sendo – contínuo porque “fantasmas” típicos da idade podem estar perturbando-a no momento de descanso.
O perigo da generalização – a culpa é dos pais – é que ela negligencia muitas outras histórias que nos fazem ser quem somos e cria estereótipos do que somos. A história única, sempre incompleta, transforma a história em definitiva, incontestável e imutável.
Quando a história se define como “a culpa é dos pais”, ignoramos quem é a criança; ignoramos que criança foram os pais. Ignoramos também a realidade da família, da sociedade e da cultura. Ignoramos, no país em que vivemos, que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”, conforme o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Apontar o dedo para os pais acusando-os pelo que fazem ou deixam de fazer pelos filhos, é se eximir da co-responsabilidade pela situação e não olhar para as próprias fragilidades. É colocar-se numa posição de imunidade e superioridade, seguindo o princípio do “nkali”, palavra da tribo Igbo que significa, pela tradução de Chimamanda Adichie, “ser maior do que o outro”.  Culpabilizar os pais é se colocar no lugar de quem vê de cima sem esticar as mãos, deixando o tempo da infância escorrer sem amparo e sem a possibilidade de fazer diferente. Por uma criança, todos somos responsáveis.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Faça o que eu digo e também o que eu faço!

Nada de "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!"Como exigir de nossas crianças o que sequer oferecemos? As relações entre pais e filhos não podem se fundamentar em cobranças, críticas e imposições autoritárias. Mas sim uma relação de troca, aprendizagem e crescimento mútuo, sem esquecer o papel do adulto enquanto referencial e mediador imprescindível para a criança ;)


sexta-feira, 14 de julho de 2017

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Dica do dia: algumas brincadeiras para curtir com os pequenos nas férias




Como o Criança em Questão defende o tempo livre ou simplesmente não fazer nada é maravilhoso, mas como nas férias as crianças tem tempo de sobra vale a pena também aproveitar a oportunidade e desenvolver com elas algumas brincadeiras bem divertidas, sem muita padronização ou rigidez.
O que vale é explorar toda sua espontaneidade e criatividade, respeitando o tempo disponível e as possibilidades! As crianças amarão este tempinho de diversão ao lado da família
Segue as dicas:
 Brincadeiras fáceis para divertir as crianças nas férias



1- Pequenos Chefs: Escolha uma receitinha fácil e divirta-se ensinando as crianças! Elas adoram!

2-  Galerinha em casa: Chame alguns amigos dos pequenos para curtir uma tarde na sua casa, com certeza todas elas adoram brincar nas férias com os amigos ao invés de ficar em casa vendo TV.

3-  Hora da leitura: Conte histórias, capriche na narração. Uma super brincadeira para divertir as crianças nas férias enquanto elas aprendem a gostar de ler!

4- Explore sua cidade: Parques, praças, praias, cachoeiras, pontos turísticos da sua cidade ou quem sabe o próprio quintal.


5-  Parabéns para você: Que tal fazer uma festinha para as bonecas com guloseimas e muita farra. 


6- Cabo de Guerra:  Basta ter uma corda, uma equipe e um certo espaço para a diversão começar.



7-  Bolinhas de Sabão: um pote com água , sabão e canudinho e tá feita a brincadeira. Dificilmente uma criança não curte brincar com bolinhas de sabão, se incluir essa brincadeira na lista vai fazer sucesso com a criançada.



8- Amarelinha: Desenhe o caminho de 1 a 10, pegue uma pedrinha e pule com um pé só!



9- Vôlei: Uma bola, façam uma rodinha e não deixe-a cair no chão. Quem é que não lembra desse tipo de brincadeira nas férias com os primos na casa da Vovó? Seus filhos vão amar!



10- "Elefantinho colorido!": Pergunte: "Que cor?". Ele fala a cor, e os outros correm para tocar em algo daquele tom antes que o "elefantinho" consiga capturá-los.



11- Peteca: Uma rodinha e não deixem a peteca cair.



12- Queimada: Defina um campo e defina duas equipes. O objetivo é atingir com a bola os jogadores adversários.



13-  Pular corda: Bota essa galerinha pra se exercitar e se divertir nas férias.




14-  Caça ao tesouro: Esconda um prêmio (coisa simples mesmo) e espalhe bilhetinhos com charadas que, respondidas, levam a outra pista. E assim por diante, até o tesouro. Com essas dicas, brincar nas férias vai ser sempre mais divertido que ficar na frente do computador ou do celular.


15- Morto Vivo: Alguém dá as ordens: com "Morto!", todos se agacham, com "Vivo!", todos ficam de pé.



16-  Esconde Esconde: Ai que delícia. Um conta até 10 e outros se escondem. Pura diversão. Não deixe essa de fora na listinha de brincadeiras para divertir as crianças nas férias! Todo mundo adora Esconde Esconde!



17-  Cabra - Cega: Tape os olhos de uma criança para ela tentar pegar os demais. Quem for pego vira a cabra-cega.



18-  Jogos de tabuleiro: Estimulam o raciocínio e diverte muiiito a criançada. Tem vários jogos legais



19-  Pega-Pega: se tiver espaço pra galerinha correr, essa brincadeira faz sucesso com a criançada.



20- Piquenique : Que delícia um lanchinho ao ar livre. Vá para o parque e incentive as crianças a brincarem ao ar livre nas férias!



21- Cineminha: No shopping ou em casa mesmo. Faça um baldão de pipoca e faça uma sessão de cinema com os filmes preferidos das crianças.



22-  Bicicleta, Patins, Pipa e Skate: pra movimentar as férias

23Mímica: é só deixar a expressividade rolar!

24- Brincar de Acampar: barraca ou cobertos e cadeiras no  quintal garantem uma noite muito animada



25-  Mestre Mandou: Mais uma super brincadeira que promete divertir a galerinha nas férias.


26 - Fotografias: Abra de álbum de fotos, conte a história da família e depois incentive o pequeno a registrar momentos legais  das férias também.



27- Boliche: Com Garrafa Pet e bolinha de meia mesmo.




28- Continue o desenho: Inicie um desenho e peça pro seu filho continuar.



29-  Brincar de massinha: Eles gostam muito. É hora de soltar a criatividade, deixar rolar a imaginação do seu pequeno artista .



30 Artesanato: Faça brinquedos com pet, papelão, caixinha de leite e etc...Além de ser divertido você ensina as crianças sobre a importância da Reciclagem , de como devemos nos preocupar com o meio-ambiente.



31 O que é? O que é? ( pegue várias dessas na internet e divirta a criançada a tarde toda)



32-  Teatro: Faça uma peça com contos de fadas, histórinhas e etc...

33 Bolinha de gude.

34  Jogo da Velha, Forca e Adedanha: Boa ideia de  Brincadeira para divertir as crianças , dá para ficar horas e horas se divertindo com essas brincadeiras.



35 Telefone sem fio.

36-  Banda Kids - Brinque de compor musicas com as crianças, de tocar guitarra com o cabo de vassoura, deixe a imaginação e a diversão tomar conta dessa casa.



37- Estátua

38Dança da cadeira


39-  Pega- Varetas


40-  Gato Mia- Essa também é um clássico da infância anos 80/90.


41-  Colagem - Pegue jornais e Revistas corte figuras e faça colagens com as crianças.



42- Colorir - Imprima desenhos para colorir e deixe as crianças colorirem a vida!



43Pintura: Pinte com tinta guache ou a dedo.

44Música com a palavra - Diga uma palavra e a criança tem que cantar uma música com ela.



45-  Dançando : Que tal colocar a galerinha pra sacudir o esqueleto. Pode ser bastante divertido!





segunda-feira, 10 de julho de 2017

Criança e natureza


O desenvolvimento infantil é perpassado por diversos fatores, que extrapolam aqueles que acontecem dentro de casa e na escola. Um deles é o contato com a natureza, que, apesar de ser encarado apenas como momento de lazer, cumpre papel fundamental no desenvolvimento da coordenação motora e equilíbrio, da curiosidade e dos processos de alimentação saudável. Crianças em contato com a natureza tem maior possibilidade de adquirir consciência corporal, sensibilidade a novas cores, cheiros e texturas, desenvolver a fantasia e imaginação, e ampliar sua percepção acerca do mundo a que pertence!
Em cidades grandes esse contato se torna reduzido, pelo excesso de atividades cotidianas e o reduzido tempo livre. Contudo, estamos em período de férias, momento ideal para construir novas experiências em família, no parque mais próximo ou mesmo no jardim de casa. Temos certeza que não irão se arrepender!

Boa semana!

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Eu quero ser brincador...



"Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor. Não quero trabalhar de manhã à noite, seja no que for. Quero brincar de manhã à noite, seja com o que for. Quando for grande, quero ser brincador.
Ficam, portanto, a saber: não vou para a escola aprender a ser um médico, um engenheiro ou professor. Tenho mais o que pensar e muito mais o que fazer. Tenho tanto que brincar, como brinca um brincador, muito mais o que sonhar, como sonha um sonhador, e também que imaginar, como imagina um imaginador...
A minha mãe diz que não pode ser, que não é profissão de gente crescida. E depois acrescenta, a suspirar: «é assim a vida». [...]
A vida é assim? Não para mim. Quando for grande, quero ser brincador [...]". (Álvaro Magalhães, O Brincador).


Imagem relacionada
Imagem: Território do brincar

 

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Com a valorização social das diferenças tem-se tornado cada vez mais notório o reconhecimento de que cada ser humano é único, que cada um tem seu jeito, seus gostos, forças e fraquezas. Ainda assim, apesar da propagação deste discurso por muitas vezes o que se vê na prática pode ser bastante diferente. Mesmo reconhecendo a singularidade dos indivíduos, agimos e esperamos do outro desempenhos que são extremamente padronizados. Assim, esperamos do outro não o que ele pode oferecer de melhor, mas o que é socialmente considerado melhor. É preciso se sair bem em matemática e português; preciso ter boas habilidades de comunicação; saber se comportar; saber A, B ou C... 
É justamente a cristalização deste "tipo exemplar" que massacra as singularidades. No modelo ideal não há espaço para todos, de modo que, consequentemente alguns serão gênios e outros fracassados. Esta reflexão nos faz entender a urgência de alinharmos o discurso de valorização das diferencias às nossas praticas e atitudes cotidianas. Vocês, pais e professores, como tem enxergado e valorizado as diferenças de seus filhos e alunos? Com base em que temos cobrado o desempenho de nossas crianças?
Acreditem, cada criança é um gênio!    

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Inspiração

Temos o compromisso de reconhecer a grande contribuição do professor para o desenvolvimento infantil, a inspiração. São capazes de apresentar um mundo rico em possibilidades e estimular as crianças a aproveitá-las! 
Como pais e responsáveis podemos perpetuar esse ensinamento através do próprio exemplo!
Que essa semana se inicie com inspirações!

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