sexta-feira, 29 de julho de 2016

A arte de educar!

Ilan Brenman é doutor em Educação e escreveu para Revista Crescer suas reflexões acerca dos deveres que se tem como pais de crianças, mas de como isso pode ser deturpado por meio de atitudes que, mesmo que visem o bem da criança, acabam por prejudicá-la. A linha é tênue entre uma atitude e outra, o que requer continuo cuidado e atenção para que não se passe de uma a outra sem se dar conta das consequências. 





* Precisamos ouvi-los, não obedecê-los

* Precisamos amá-los, não sufocá-los

* Precisamos educá-los, não torná-los executivos aos 5 anos de idade

* Precisamos alimentá-los, não torná-los obcecados em contar calorias

* Precisamos vesti-los, não torná-los outdoors ambulantes

* Precisamos fotografá-los, não torná-los celebridades

* Precisamos atualizá-los com as novas tecnologias, não torná-los zumbis virtuais

* Precisamos protegê-los, não blindá-los da realidade

* Precisamos presenteá-los, não torná-los donos de suas próprias e desinteressantes lojas de brinquedos

*Precisamos diverti-los, não torná-los hedonistas, indivíduos que priorizam o prazer como centro de sua vida

* Precisamos exercitá-los, não torná-los obcecados com o corpo

* Precisamos cultivá-los, não abandoná-los na frente de ídolos feitos de pés de barro

* Precisamos respeitá-los, não temê-los

* Precisamos elogiá-los, não mimá-los (embora de vez em quando seja bom)

* Precisamos corrigi-los, não humilhá-los

* Precisamos encorajá-los, não torná-los inconsequentes (tarefa difícil principalmente na adolescência)

* Precisamos sensibilizá-los para o visível e invisível, não mercantilizá-los

* Precisamos socializá-los, não torná-los algoritmos de redes virtuais

quarta-feira, 27 de julho de 2016

É importante escutar as crianças quando ainda são pequenas!

Escute com atenção qualquer coisa que as crianças lhe disserem, seja o que for, porque para eles é muito importante serem ouvidos. Seus interesses, seus entusiasmos, seus sentimentos, suas descobertas, suas emoções, seus pensamentos, seus sucessos, sua evolução.
Há uma citação de Catherine Wallace que deveria ser tatuada na nossa pele: “Escute com atenção qualquer coisa que seus filhos queiram dizer-lhe, sem se importar com o que seja. Se não escutar com entusiasmo as pequenas coisas quando ainda são pequenos, não lhe dirão as coisas grandes quando crescerem. No fim, para eles, serão sempre coisas importantes”.

Expressam-se com incontáveis palavras, olhares, gestos… Tente deixar seu celular ou seu tablet de lado enquanto eles estão brincando e então perceberá que eles o procuram com o olhar centenas de vezes, buscando sua aprovação, sua cumplicidade, sua atenção.

Na hora da refeição as notícias mais importantes são as que as crianças nos contam

Estamos tão acostumados a deixar para depois o que as crianças nos dizem que não nos damos conta de que na hora de comer o que é verdadeiramente importante não é o telejornal, mas sim as coisas que nossas crianças têm para nos contar.
or mais insignificante que pareça, para uma criança tudo que a rodeia é mágico; mesmo assim nós adultos não nos damos conta disso por causa da perda da capacidade de nos impressionarmos, porque não nos definimos pelo que podemos aproveitar, mas sim pelo que é útil para nossa rotina e nossos comportamentos padrões, como se fossemos robôs com objetivos inflexíveis.
Prisioneiros da pressa, não somos úteis para nossos filhos, não oferecemos para eles nossa ajuda e companhia porque não respeitamos seus momentos e espaços, porque não conseguimos sintonizar e ser pacientes, guiá-los com suavidade e sem nos entediarmos.

Escute as crianças e fale com elas

O modo como falamos com nossos filhos importa muito, não há dúvida. Se falarmos com as crianças com afeto e nos esforçamos para manter uma comunicação compreensiva com eles, obteremos um crescimento potencializado que nos permitirá falar e escutar de forma correta

1. Como temos que mudar nossa forma de falar para facilitar a expressão dos sentimentos

Como já apontamos em outras ocasiões, há uma relação direta entre como se sente uma criança e como ela se comporta. É uma regra simples: se uma criança se sente bem, se comporta bem. Nós somos a chave desse processo e podemos ajudá-las a alcançar o bem-estar. Como? Aceitando seus sentimentos e tratando de não enviar mensagens do tipo:
  • Não está cansado, só está com um pouco de sono.
  • Não há motivo para se sentir assim.
  • Não está calor, não tire o casaco.
Parece duro, mas se imaginarmos o que pode ocorrer com a mente humana a partir da negação de nossos sentimentos, provavelmente perceberemos que deixaremos de confiar na nossa capacidade de sentir e de nos expressarmos.
A chave para um bom desenvolvimento é que sintonizemos com nossos filhos e passemos a enviar outro tipo de mensagens: “você está cansado apesar de ter tirado uma boa soneca”, “vejo que hoje você está bem agitado”, “eu sinto frio mas estou vendo que você está com calor”, etc.
Ou seja, trata-se de desenvolver sua capacidade empática através da nossa, de permitir que eles sintam e de validar seus sentimentos e emoções. Como? Prestando atenção, mantendo o interesse pelo que nos contam, trabalhando para que se valorizem e se compreendam.

2. Os elogios, outro tema importante

É habitual que esqueçamos de parabenizar nossas crianças quando fazem as coisas bem. No entanto, devemos ter em mente que o diálogo interno que fomentamos assim é pouco saudável. Como podemos pretender que as crianças não façam coisas erradas se quando fazem algo corretamente dizemos que não fazem mais que sua obrigação?

3. Quando queremos ter cooperação

Quando queremos ter cooperação geralmente temos a tendência de emitir mensagens autoritárias.Muitos de nós nos reconheceremos nas frases a seguir:
  • Não faça isso.
  • Não coma com as mãos.
  • Não brinque com a água.
  • Faça sua tarefa.
  • Lave suas mãos agora mesmo.
  • Acabou a brincadeira, vá para a cama.
Como consequência, é natural que a atitude das crianças acabe se transformando em um constante desafio, de modo que explicita ou implicitamente nos transmitem aquilo de “eu faço o que eu quiser”.Para isso respondemos: “fará o que eu quiser”, escalando no conflito e prejudicando a construção de uma relação saudável.
Assim que, de novo, o que temos que mudar é nosso discurso, procurar deixar de culpar e de acusar nossas crianças porque sujaram o chão, ou deixaram marcas no vaso de cristal. Desse modo, tudo aquilo que transmita julgamentos (é bom, é ruim, é bonito, é feio…) será idealmente eliminado de nosso vocabulário habitual. Há muitas formas mais saudáveis de educar.
Por isso, quando quero obter cooperação e fazer a criança entender que pode fazer algo de um jeitodiferente e as razões para tal, podemos fazer isso da seguinte forma:
Descrever como é o que está fazendo ou o problema que existe (Em vez de “Quantas vezes tenho que te dizer que apague a luz do banheiro” é melhor que digamos “A luz do banheiro está acesa”)
Dar a informação específica sobre o que está acontecendo (Em vez de “Quem tomou o leite e deixou a garrafa fora da geladeira?” é melhor que digamos “O leite estraga fora da geladeira”)
Pedir com poucas palavras, de maneira simples, concisa e positiva (Em vez de “Pare de brincar e vá dormir” seria algo como “Maria, você não gostaria de colocar o pijama”)
Falar de seus sentimentos (Em vez de “É o mais chato do mundo”, é melhor dizer “Não gosto que gritem comigo para pedir as coisas”)
Por Raquel Brito

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Meninos também podem!

A fotógrafa Kirsten McGoey é mãe de três meninos e iniciou um belíssimo projeto, ao observar que seu filho do meio, de 8 anos, gostava muito de dançar, cantar, interpretar personagens e sapatear. A série inspirada em seu filho é chamada "A Boy Can Too" (Um menino também pode), que retrata garotos e suas paixões ainda consideradas “coisas de menina”. 

O projeto consiste em fotografar os meninos fazendo suas atividades preferidas, além de conversar com eles buscando entender as coisas pelas quais eles passam por conta de seus gostos. Muitos relatam que gostam de dançar, cozinhar e interpretar por perceberem que são realmente bons nisso! Ao escutá-los a fotografa tem a oportunidade de ajudá-los a viver seus desejos apesar das pressões e julgamentos alheios, reconhecendo o prejuízo que seria para eles caso tivessem que abandonar.

A própria Kirsten relata que quando criança gostava de coisas ditas "de meninos" e se apoiava nas  bandeiras pela igualdade de gênero, porque a ajudavam a não deixar de fazer o que gostava por causa da opinião dos outros. E hoje ela tem cumprido esse papel para tantas outras crianças.

A seguir seguem algumas fotos do projeto da Kirsten. Mas assim como ela, todos nós podemos ser encorajadores das crianças, para que elas possam ser quem elas quiserem, exercendo suas qualidades e habilidades da forma que as deixem felizes e realizadas! Podemos fazer isso de várias maneiras, cada um encontrará a sua! 













sábado, 23 de julho de 2016

Os livros infantis e seu papel!


Denise Guilherme Viotto, criadora da A Taba, plataforma especializada em curadoria de livros infantis, escreveu para a Carta Educação a respeito da importância da leitura para as crianças. Ela ressalta o fundamental papel, que nós, leitores mais experientes, temos de orientar e possibilitar à elas a construção do olhar que se surpreende, se emociona frente às páginas de livros que realmente se propõe a instigar as crianças, e até mesmo adultos, com conteúdos que fazem parte de seu desenvolvimento! 
Assim como brincar, ir à escola, praticar esportes, a leitura também se configura enquanto importante recurso de aprendizagem e desenvolvimento da criança. Porém, cada dia mais percebe-se que tem sido um recurso negligenciado, usando-se como desculpa o preço dos livros, a falta de interesse por parte da criança... mas como ter interesse em algo a que não fomos apresentados? 
Desejamos instigar vocês a resgatar esse papel mágico  que os livros infantis ocupam na história das nossas crianças, permitindo explorar a imaginação, a criatividade, as emoções, desejos, medos e anseios!
Fiquem agora com o texto na íntegra:
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar! 
(O livro dos abraços, de Eduardo Galeano. LPM.)
Atualmente, os leitores que se aventurarem pelas prateleiras das grandes bibliotecas e livrarias certamente serão surpreendidos pela quantidade de obras voltadas para o chamado público infantil e juvenil. E, se souberem procurar para além da enxurrada de livros escritos apenas para atender a demanda de mercado e os subprodutos dos desenhos animados, pode ser que encontrem alguns tesouros: títulos que apostam na inteligência do leitor, que provocam, instigam e convidam a muitas leituras. Essas obras exigem um olhar atento às múltiplas relações que se estabelecem entre texto e imagem, capa e conteúdo, formato e textura das páginas, técnicas de ilustração e tipologia. Nelas, tudo está a serviço da construção de sentido – e só vai aproveitar a experiência da leitura, em sua plenitude, um leitor capaz de dialogar com todas essas linguagens.
Mas, quem é o leitor para o qual esses livros estão sendo escritos? Que conhecimentos deve possuir para acessar essas obras?
Creio que os leitores desses livros são todos aqueles que estão dispostos a olhar o mundo com os olhos de quem pergunta. Por isso, os bons livros de literatura infantil são aqueles que não foram escritos para uma criança idealizada, idílica. Mas, que foram produzidos para surpreender, divertir e provocar todas as infâncias possíveis. Aquelas que estão sendo experimentadas pelos pequenos dos tempos de hoje e também aquelas que habitam os leitores adultos.
É com esse estado de espanto e descoberta diante do mundo que essas obras desejam conversar. E para isso é preciso aprender a ver. Educar o olhar para enxergar os diferentes códigos por meio dos quais um bom livro é produzido. E isso só é possível por meio do acesso a títulos de qualidade, ancorados por uma mediação que traga luz aos aspectos que só são observados pelos leitores mais experientes.
O livro sozinho, sem a presença do leitor, é apenas um objeto como outro qualquer. Para cumprir sua função, é preciso que se estabeleça uma interação com aquele que o lê, o qual lhe atribuirá significados a partir da experiência da leitura. E quanto maior a capacidade de construir relações com o texto, melhor e mais completa se torna a prática da leitura. Por isso, talvez hoje, mais do que nunca, esses livros repletos de códigos exijam um leitor que dialogue não apenas com o texto, com sua própria biografia ou experiência leitora, mas, principalmente, com outros leitores.
Gosto da imagem criada por Eduardo Galeano, que abre esse texto. Para olhar, é preciso alguém que conduza essa descoberta, essa travessia: um mediador. Um mediador é, antes de tudo, um leitor que, se já não é experiente no diálogo com essas múltiplas linguagens, reconhece seu lugar de aprendiz e possui vontade de conhecer junto, descobrindo e se encantando também a cada página. E, talvez, sua grande qualidade seja a disponibilidade para estar ao lado desse leitor e caminhar junto com ele em direção ao desconhecido, aos outros mundos, outros olhares e vivências trazidas pelo livro, abrindo também a possibilidade de diálogo com outros leitores.
Mais do que aquele que sabe tudo sobre leitura, um bom mediador – educador, bibliotecário, pai ou mãe – é alguém que promove a escuta. Seja porque está aberto a compreender as diferentes leituras que estão sendo construídas pelos leitores que tem diante de si, seja porque permite que todos sintam-se à vontade para mostrar suas descobertas, suas dúvidas e as diferentes aproximações que estão fazendo com o texto, com as imagens, com o livro como um todo. Talvez por isso, um boa experiência de mediação seja aquela que possibilita além da educação do olhar, a educação também da escuta.
Voltando ao texto de Galeano, desde que o li pela primeira vez, chamou-me a atenção o fato de que o garoto pede ao adulto que o ajude a olhar e não que olhe por ele. Talvez seja esse o convite feito pelos bons livros infantis aos leitores de todas as idades: que possamos juntos nos ajudar a ver. Quanto maior nossa capacidade de olhar e vontade de compartilhar verdadeiramente nossas visões, tanto maior será a nossa capacidade de leitura – não só das páginas, mas também da vida e do mundo.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Educação Infantil é amor e muito mais...

Qual a creche e pré-escola ideal? O que o educador precisa ter para se relacionar com a criança nesse espaço? Qual estrutura não pode faltar? Especialistas dão algumas respostas que compartilhamos aqui.

O evento Educação 360º – Educação Infantil, que aconteceu em junho de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, reuniu especialistas daqui e do mundo para debater o tema.
Pinçamos alguns conceitos, entre tantos importantes, para orientar as nossas práticas com a criança.
Uma delas é que creches sem qualidade prejudicam os pequenos. É melhor que eles fiquem em casa com um adulto referência, ou seja, aquele que convive e se relaciona cotidianamente com as crianças. Essa conclusão é de um dos palestrantes do evento, Daniel Santos, economista da USP e membro do Núcleo Ciência pela Infância (NCPI).
Segundo Beatriz Ferraz, gerente de educação infantil da FMCSV, “pesquisas de neurociência comprovam que é nos três primeiros anos de vida que o ser humano alcança o ápice do aprendizado de capacidades como linguagem, memória e atenção, importantes para a vida toda“. Por isso a importância da qualidade na educação infantil.
Daniel também ressaltou que essa qualidade precisa passar pelo afeto, pelo amor. “Sabemos que o desenvolvimento infantil está ligado à vivência de bons estímulos, aos vínculos que a criança estabelece com adultos e com os colegas. Nesse vínculo, há um componente afetivo, o amor, que ajuda a criança a se sentir segura”.
Já Alejandra Meraz Velasco, do movimento Todos Pela Educação, lembrou, durante o debate, que os impactos dessa fase podem se estender à renda futura de crianças, evitando que muitas se envolvam com crimes e violência.
Mas o que precisa ter na creche para que a criança receba tudo o que necessita ao seu bom desenvolvimento?
1. Bons estímulos e muitas brincadeiras
2. Afeto e vínculo com os educadores e outras crianças
3. Espaço, brinquedos e livros
4. Um bom e estruturado projeto pedagógico
5. Preservação da autonomia e individualidade da criança
6. Quantidade e qualidade de educadores
7. Convivência e inclusão

E aí, quais outras coisas você considera fundamentais para uma boa educação infantil? Vamos colocar em questão!

Fonte: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Que tempo tem sobrado para a criança brincar?


Há tanto tempo pesquisadores de diferentes áreas  vem se dedicando a estudos que comprovam a importância da brincadeira na infância. E por outro lado, com uma contradição assustadora, vemos as crianças brincando cada vez menos. Muitos adultos alegam que a "concorrência no mercado de trabalho" está grande, então quanto antes começarem a estudar para valer e deixar a brincadeira de lado, melhor. Saem na frente. Outros estão cansados demais para levar a criança para brincar, ter que correr ou escutar gritos de euforia, preferem um IPad ou TV que aparentemente deixa a criança mais tranquila. Enfim, argumentos não faltam para justificar essa falta do brincar ou pior ainda, para justificar que não precisam brincar.
 Mas como a criança aprende senão for  brincando?
Na psicánalise, Winnicott entre outros autores, justificam essa necessidade da brincadeira para criança, como forma de se expressarem e resolverem seus conflitos. Pesquisadores de diferentes perspectivas teóricas e epistemológicas  da psicologia também saem em defesa do brincar. Dentre eles,  Vigotiski , que enfatiza o seu papel fundamental e das interações que ali ocorrem para a aprendizagem e desenvolvimento da criança. Ou seja, através dela, cria-se condições para que determinados conhecimentos e/ou valores sejam consolidados ao exercitar no plano imaginativo capacidades de imaginar situações, representar papéis, seguir regras de conduta de sua cultura, etc.
  Segundo Vygotsky, “O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações dela mesma”. Muitos acreditam que brincando a criança não aprende nada  e só tem "alegrias" nas suas relações com colegas ou mesmo sozinha. Mas na brincadeira também  se apresentam desafios, limites, desprazeres e conflitos que terão papel fundamental na formação humana , na aprendizagem e desenvolvimento dessa criança.Por isso a brincadeira deve permear as relações de educar e cuidar tanto na escola como em casa. 
Vamos aproveitar essas férias e brincas com nossas crianças?



sexta-feira, 15 de julho de 2016

Férias e criatividade!

Nem só de jogos eletrônicos e televisão vivem as crianças!
Hoje escuta-se muito os pais dizendo que as crianças de hoje são diferentes das de antigamente, não possuem a mesma criatividade e nem acham graça em brincar na rua, curtir a natureza... Mas qual será a responsabilidade de nós, adultos, nisso tudo? Até que ponto estamos oferecendo para nossas crianças a oportunidade de vivenciar esse tipo de infância, planejando finais de semana e férias em que elas tenham tempo livre para se divertir, exercitar sua criatividade? Quantas vezes nós mesmos cometemos o deslize de, pela nossa falta de tempo, ocuparmos a criança com um vídeo no youtube ou um jogo que prenda sua atenção? E como depois dizer para essas mesmas crianças que assistir vídeos e jogar o dia inteiro não é bom? Estamos em um tempo de férias. E sempre é tempo de fazer diferente! Desejamos que nestas férias os eletrônicos estejam em baixa!



quarta-feira, 13 de julho de 2016

"Cor de pele", Qual pele?

As ideias e os conceitos se cristalizam em nosso cotidiano e, assim, o tempo passa, e vamos reproduzindo quase que no modo automático o que aprendemos. Todavia, as vezes é preciso parar para refletir, para colocar em questão. No caso do famoso lápis "cor de pele" a pergunta que ecoa é qual pele? Se olharmos ao nosso redor e nos atentarmos para a diversidade de cores, tons e raças veremos que talvez seja melhor um outro nome para este lápis! =D

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Voltando ao normal.


Escolhendo  os livros para as férias, encontramos o "Voltando ao normal", escrito pelo psiquiatra norteamericando Allen Frances, que foi revisor da 4ª edição do Manual de Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM), na década de 1990. Esse Manual , considerado a Bíblia da Psiquiatria, é escrito por um grupo de psiquiatras que cada vários anos se reúnem para definir quais são as novas doenças mentais que teve incluir no DSM, e  já leva 5 edições.

Voltando ao normal  é um protesto contra a indústria de diagnósticos, seus tratamentos desnecessários e a medicalização em excesso que vêm tomando conta dos consultórios médicos, transformando emoções e comportamentos da experiência humana em patologias clínicas.

 

O autor do livro Dr. Allen Frances , é um dos mais renomados psiquiatras do mundo e faz essa denúncia, defendendo que nossos cérebros adaptaram-se durante milhares de anos para serem capazes de lidar com desafios e eventos desconcertantes sem o auxílio de medicamentos. Ele expõe também a história dos modismos da psiquiatria e a atual influência da indústria farmacêutica no surto de diagnósticos. As doenças mentais existem e efetivamente afetam uma parcela da população – em muitos casos com efeitos devastadores para os que sofrem delas e para seus entes mais próximos. No entanto, estamos caminhando para uma sociedade em que todos parecem sofrer de algum transtorno, e o conceito de sanidade é frágil.
"Com texto acessível e recheado de informações importantes, Voltando ao Normal nos conduz por uma empreitada em busca de algo absolutamente extraordinário e cada vez mais raro: a noção do que é saudável e do que é normal'.


Versal editores.






sexta-feira, 8 de julho de 2016

É tempo de colônia de férias!

As férias chegaram e com elas a criatividade dos pais toma forma, afinal é preciso ter muitas ideias para entreter as crianças durante um mês dedicado apenas à diversão e descanso!!!! Contudo, sabemos que nem sempre as férias dos pais coincidem com as da criança, assim, a saga por uma programação para os filhos se torna ainda maior. Para isso, separamos uma lista com diversas colônias de férias que irão acontecer em Goiânia para que cada um encontre uma opção que seja adequada às suas necessidades!!! Confiram!



Colônia de férias do Jaó
A 109ª edição do evento recebe crianças e adolescentes, que são divididos de acordo com a faixa etária e acompanhados por monitores. Estão programadas atividades como banana bolt, boliche, pescaria, acampamento, gincanas esportivas e culturais. O valor da inscrição varia de acordo com o número de dias de participação na colônia.Local: Clube Jaó - Avenida Quitandinha, nº 600, Setor Jaó, GoiâniaData: entre os dias 4 e 8, 11 e 15, 18 e 22 e  25 a 29 de julhoHorário: das 9h às 17h ou das 13h às 17hValor: o preço varia de R$ 308 a R$ 925Mais informações: (62) 3269-8049

Sesi
O Sesi oferece opções de lazer para crianças e adolescentes, de 4 a 14 anos, em várias unidades espalhadas pelo estado. Em cada uma delas os participantes terão uma programação exclusiva, que inclui teatro, cinema, oficinas de culinária, gincanas e futebol de sabão.

Local: Av. João Leite, nº 915, Setor Santa Genoveva, GoiâniaHorário: das 8h às 17h, entre 11 e 15 de julhoValor: R$ 180 industriário; R$ 200 conveniado; R$ 220 comunidadeOutras informações: (62) 3265-0124 ou 3265-0100

Local: Avenida Geraldo Ney, Nº 662, Setor Campinas, GoiâniaHorário: das 13h30 às 18 horas, de 18 a 22 de julho e de 25 a 29 de julhoValor: R$ 90 industriário, R$ 100 conveniado, R$ 110 comunidadeOutras informações: (62) 3236-9100 ou 3236-9120

Local: Rua Professor Lázaro Costa, nº 236, Vila Canaã - GoiâniaHorário: De 4 a 8 de julho e de 11 a 15 de julho; Das 13h30 às 18 horasValor: R$ 110 industriário; R$ 120 – conveniado; R$ 130 comunidadeOutras informações: De 4 a 13 anos; (62) 3236-3800

Local: Praça Itapuã, nº 150, Jardim Planalto - GoiâniaHorário: das 13 às 17h30, de 4 a 8 de julho e de 11 a 15 de julhoValor: R$ 110 industriários; R$ 120 conveniado; R$ 130 comunidadeOutras informações: (62) 3236-2300

Sesc

O Sesc oferece atividades para todas as idades com uma programação recreativa que resgata antigas brincadeiras. A programação inclui ações educativas, gincanas e atividade na piscina.

O Sesc Férias será realizado entre os dias 11 e 15 de julho e os dias 18 e 22 do mesmo mês. Podem ser inscritas crianças de 5 a 12 anos. O horário do Sesc Férias será das 8h às 17h.Valor: R$ 132 comerciário; R$ 175 conveniados; R$ 265 comunidadeOutras informações: (62) 3522 6320

O projeto "Aprender Brincando" é oferecido para crianças de 7 a 10 anos. A programação une atividades lúdicas e ações educativas para falar sobre saúde e qualidade de vida. No Sesc Universitário as inscrições serão abertas nesta segunda-feira (27).Valor: R$ 30 comerciárioOutras informações: Sesc Campinas- (62) 3522 6425; Sesc Universitário- (62) 3522 6125

Colônia de Férias Guto de Farias – Crianças de 6 a 12 anos
Atividades previstas: passeio na hípica, ensinamentos sobre cavalos e espertes relacionados a ele, interação monitorada com cavalo, brincadeiras educativas: teia, cabo de guerra, argila, banho de mangueira, almoço e lanche.
Turmas:
- 04 a 07 de julho: R$ 420,00
- 11 a 14 de julho: R$ 420,00
- 18 a 21 de julho: R$ 420,00
- 25 a 28 de julho: R$ 420,00
Horário: das 9h às 16h
Endereço: Sociedade Hípica - Av. Sucuri, 1199, Setor Jaó
Telefone: (62) 99168-1519 – Sílvia
Espaço Le Petit – 4 a 10 anos
Com espaço Le Petit e brinquedoteca João e Maria, gincanas e festinha com os pais no último dia.
Data: 18 a 22 de julho das 13h30 às 17h30 (inclui lanches, brindes e camisetas)
Valor: R$ 380,00
Endereço: Avenida Assis Chateaubriand, 71, Setor Oeste
Telefone: (62) 3624-1610

quarta-feira, 6 de julho de 2016

As múltiplas faces do ensino

Muito se fala em problemas de aprendizagem, pouco se fala em problemas de ensino ou dificuldades didáticas. A questão é que, ao contrário de buscar culpados no processo de ensino-aprendizagem, faz-se necessário que cada ator escolar envolvido neste processo - pais, professores, alunos, direção - entenda seu papel, direitos e deveres, compreendendo o que pode fazer de diferente diante de situações adversas. Devemos como educadores exercer a constante reflexão de como poderemos aperfeiçoar nosso trabalho, aprender mais... e aprendendo de diversas formas, ser capaz também de ensinar de formas variadas!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Dificuldade para aprender ou dificuldade para ensinar?

Torna-se necessário verificar qual tem sido o nosso papel na dificuldade de aprendizagem de nossas crianças! Será que temos oferecido os recursos necessários para possibilitar essa aprendizagem? Ou será que nos fechamos em modelos reducionistas que desconsideram a singularidade de cada um? Enquanto educadores - seja professor, pai ou familiar - temos a possibilidade de buscar alternativas e conhecimentos que possibilitem que a criança exercite o seu potencial, dentro daquilo que é possível para cada uma! Como consequência percebemos um crescimento muito grande, não só por parte da criança, mas de nós mesmos! 



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