Diante dos profissionais de saúde (psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais) que debatiam na roda de conversa, a professora faz sua chamada:
- Não falem de mim sem mim. Não prescrevam meu trabalho, não me ordenem a todo instante o que devo fazer. Estas imposições hierárquicas, vinda de terceiros, definitivamente não fazem sentido e não são eficazes. Quem melhor pode conhecer a escola e o processo de aprendizagem do que quem vive na pele todos os dias as dores e as delícias do árduo ofício de educar? Se nosso sistema educacional não estivesse cheio de falhas, não haveriam as rachaduras pelas quais os profissionais de saúde entram e patologizam nossas crianças. Por mais que prescrevam diagnósticos e diretrizes, o B-A-BA da educação se resume no cara a cara, na relação do professor com seus alunos. Por isso, mais que prescrições e culpabilizações, precisamos de vosso auxílio para potencializar e mover nossos alunos do lugar do "não saber" para o lugar do "eu posso!
Para além dos julgamentos, será que o professor e suas crianças realmente tem com quem contar?
0 comentários:
Postar um comentário