quarta-feira, 15 de maio de 2019

O risco no brincar e no aprendizado


As crianças são capazes e competentes e se beneficiam imensamente de oportunidades de exercer sua pulsão de explorar, ir além, buscando novos desafios que desejam vencer. Nesse processo, desenvolvem e aprimoram suas habilidades em lidar com riscos e com o imprevisível. De fato, é exatamente isso que as manterá seguras ao longo da vida: chances de se tornar mais competentes, de aprender a avaliar quais riscos querem ou não correr.

Um dos significados da busca pelo risco é dar espaço, tanto para o sucesso quanto para o fracasso. Nesse processo, as crianças vivenciam acidentes de pequena consequência para, com eles, aprender a evitar os grandes acidentes no futuro. Isso não quer dizer que as crianças devem ser expostas a perigos cujas consequências comprometam sua integridade, como produtos químicos, balanços quebrados ou brincar onde carros passam. Educadores e pais devem permitir os riscos benéficos, nos quais as crianças se engajam por livre escolha e conseguem dimensionar as consequências e lidar com eles.

Há um amplo movimento mundial que defende a importância do risco no brincar e no aprendizado. Em setembro de 2017, a Aliança Internacional de Espaços Escolares (International School Grounds Aliance - ISGA) divulgou uma declaração, endossada por 38 organizações de 16 países e 6 continentes, na qual defende que espaços escolares voltados para o desenvolvimento integral da criança. Adultos e Instituições têm a responsabilidade de usar o bom senso ao proporcionar e permitir  às crianças e jovens atividades que envolvam assumir riscos.

Fonte: Livro 'Desemparedamento da infância: a escola como lugar de encontro com a natureza'

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